sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PROTESTO - "I Seminário Regional sobre Política Municipal de Habitação: Juiz de Fora e Zona da Mata


PROTESTAMOS contra a Comissão Organizadora do "I Seminário Regional sobre Política Municipal de Habitação: Juiz de Fora e Zona da Mata”. O evento foi oficialmente promovido pela UFJF, o CPS (Centro de Pesquisas Sociais), a Faculdade de Engenharia da UFJF e pelo ICH (Instituto de Ciências Humanas) porém o Curso de Geografia (pertencente a este Instituto) não participou em nenhum momento e houve discrepancia no número de representantes de cada instituição.


Uma reflexão sobre a valorização da profissão do geógrafo no âmbito da universidade 

Está sendo realizado, no auditório da Reitoria, desde o dia 19 de Outubro (com encerramento no dia 22/10) o “I Seminário Regional sobre Política Municipal de Habitação: Juiz de Fora e Zona da Mata”, que dentre outros pretende, sobretudo,discutir o Plano Municipal de Habitação.

O evento foi oficialmente promovido pela UFJF, pelo ICH (Instituto de Ciências Humanas), o CPS (Centro de Pesquisas Sociais) e a Faculdade de Engenharia da UFJF.

Pergunta-se: PROMOVIDO PELO ICH?! Sendo assim, POR QUE O CURSO DE GEOGRAFIA PERTENCENTE A ESTE INSTITUTO NÃO SE FEZ PRESENTE NESSA ORGANIZAÇÃO? O que se viu na Comissão Organizadora do evento, foi a predominância de professores e alunos da Engenharia (tendo sido o evento organizado em conjunto com uma comissão de alunos, TODOS da Engenharia!)

Nas mesas redondas, tem-se o nome de engenheiros, arquitetos, sociólogos, representantes do poder público, advogados, o representante do CPS, o diretor do ICH, uma representante do Comitê Central Popular, e inclusive uma professora do Serviço Social. NENHUM GEÓGRAFO! Ninguém do curso de geografia.

Parece-nos que nós, enquanto geografia, também estamos perdendo nosso “Direito à Cidade.”O que acontece nesta universidade reflete e reforça o nosso enfraquecimento dentro do CREA, por exemplo, bem como no cenário nacional em geral (vide alguns editais onde se vês claramente conhecimentos da geografia dando direito a outros profissionais de pleitear vagas em concurso público). Mas, como assegurar nosso reconhecimento e maior valorização dentro do CREA, se dentro de nossa própria universidade isso já não acontece?

Através deste texto o DAGEO vem se manifestar sobre o fato (apenas um, dos vários exemplos que vemos dentro da UFJF, que mostram a crescente perda de campo da Geografia para a Engenharia e a Arquitetura) e, “espera-se” que esse manifesto motive o Curso de Geografia”, através de seus representantes a também se manifestar e começar a tomar providências para que mais discentes não tenham que continuar a engrossar o caldo deste novo tipo de êxodo: o de estudantes deste curso para as faculdades de engenharia e arquitetura em busca de sua inserção em projetos de pesquisa, extensão e inclusive disciplinas que lhes proporcionem a prática (e até mesmo a complementação teórica) que o seu próprio curso não tem sido capaz de fazer.

Por fim, esclarece-se que o DAGEO reconhece o valor de cada profissional. Assim entende a necessidade e a riqueza de se trabalhar de forma interdisciplinar e, é exatamente por este motivo que defende que seja dispensado o igual respeito e reconhecido o igual valor de cada um desses profissionais.

Um comentário:

  1. Ás vezes fico pensando sobre a profissão do Geográfo. Será que realmente ela é útil? Será que realmente é uma ciência? Acho que todos meus companheiros devem ter pensado isso um dia também. Fico pensando porque as pessoas ficam desanimadas quando falo que faço Geografia enquanto elas se animam quando outra pessoa fala que faz Medicina. Será que somos realmente da "ralé"?

    Se isso tudo procede ou não, ainda não tenho certeza nem sei se terei um dia, mas de uma coisa eu tenho certeza que nós Geógrafos (principalmente os educadores)temos um grande papel transformador e concientizador, e principalmente transformador de homens, estes que por sua vez são (re)produtores da sociedade. Tenho certeza que quando somos "excluídos" de terminadas coisas, temos a força, a vontade, o conhecimento e principalmente a disposicão pra lutar pela democracia e pelos nossos direitos.

    Por mais que a gente fique quieto no nosso canto, nossas mãos e pés comixam com vontade de ir a luta.

    Então vamos sair e ir a luta, já que é isso que nós mesmos nos pedimos!

    Grande Abraço!

    ResponderExcluir